Alemanha campeã da pior copa da história-1990
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Jogos medíocres, sem
emoção, ruim de assistir. Pouca coisa se salvou nesta Copa de 1990. Talvez
a Alemanha que mostrou força, abnegação e disciplina. O melhor foi a
surpresa de Camarões comandada por um jogador de 38 anos, Roger Milla. Nem
o craque Maradona se salvou. Longe de sua melhor forma fez o possível para
levar seus limitados companheiros a uma final contra os alemães. Os poucos
lampejos de Maradona aconteceram contra o Brasil.
A Copa começou no
dia 08 de junho com uma zebra sem tamanho. Mas que a cerimônia de
inauguração ou a perplexidade dos argentinos, ficou evidente a evolução do
continente africano nos últimos anos. Camarões comandado por um atleta de
38 anos, Roger Milla, derrotou os campeões do mundo, a Argentina, por 1x0.
No grupo D, a Alemanha começou goleando a Iugoslávia por 4x1. A próxima
vitima dos alemães foi o Emirados Árabes que perderam de 5x1. O ataque
alemão formado por Matthãus. Hassler. Völler e Klinsmann, era o ponto alto
do time. Longe de ser uma revolução, a tática da Alemanha foi uma exceção
aos esquemas fechados que predominaram na Copa da Itália. No ultimo jogo
da primeira fase, veio mais uma surpresa na Copa. Alemanha empatou com a
Colômbia em 1x1. Neste jogo a imprensa sentiu que os alemães tinham um
time burocrático e que esbarrou em um time tecnicamente inferior.
Contra a Holanda, na oitavas de finais, a Alemanha realizou sua
melhor partida na Itália. Jogou um futebol solidário, com seus jogadores
se deslocando por todas as partes e conseguiram o seu objetivo: buscar uma
vitória com raça e determinação. Para chegar a finalissima, os alemães
tiveram que despachar os ingleses em partida difícil e que foi decidida
nos pênaltis. O tempo regulamentar foi de 1x1, a prorrogação 0x0 e nos
pênaltis, a Alemanha venceu por 4x3. A Argentina também venceu a Itália
nos pênaltis e se habilitou a decidir a Copa com a Alemanha.
A
decisão foi realizada no estádio Olímpico de Roma no dia 08 de julho. Para
a Alemanha, o titulo valeria um tri campeonato. Seria o tri da
perseverança, de quem passou o dissabor de perder as duas ultimas finais,
contra a Itália em 1982 e contra a Argentina em 1986. O tri da tradição,
de quem se fez presente em doze dos quatorze mundiais disputados. O tri de
muita luta. O tri de muita arte. Finalmente, o tri da esperança. A copa de
1990 viu o renascimento da grande Alemanha. Com a reunificação das duas
Alemanhas, o time ficou mais forte, mais determinado. A vitória sobre os
argentinos por 1x0 não deixou margem de duvida de que venceu a melhor
equipe da Copa. Seu treinador, Beckenbauer, tem um currículo de vitórias e
foi um exemplo no banco. Carismático e implacável na defesa de seus
ideais, é idolatrado por sua personalidade. Franz Beckembauer administrou
sua seleção com maestria, aliando o talento dos tempos de craque a arte de
dirigir a beira das quatro linhas. Fez do pulso firme, da seriedade e do
conhecimento de causa as três maiores armas do seu trabalho. Realmente, um
imperador sem rivais.
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Amarildo na Copa de 1962